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by Magali 3 years, 6 months ago

Este é o espaço para meu dossiê da inclusão!
Aqui farei meus relatos de experiências com os temas relacionados com a educação de pessoas com necessidades especiais.
Meu primeiro contato com alunos com necessidades especiais foi no ano de 1986 , quando , fazendo o curso de magistério , nosso professor de filosofia nos levou à escola Concórdia para conhecermos alguns alunos surdos e interagirmos com eles.Desde esta época tive interesse em conhecer mais sobre a educação de surdos e seu processo de aprendizagem da LIBRAS (língua brasileira de sinais).
No entanto a oportunidade só apareceu de forma que eu pudesse concretizar o projeto, 20 anos depois , em 2008. Fiquei sabendo do curso de LIBRAS oferecido pelo CAS (centro de atendimento aos surdos ) , na escola Lilia Mazzeron. Lá fiz o básico I com o professor Luciano e o básico II com a professora Renata e agora no primeiro semestre de 2009 estou iniciando o básico III . A cada nova etapa do curso vou me apropriando do conhecimento acerca da educação de surdos , sua comunicação e sua cultura ,e cada vez mais vou me encantando com o mundo novo ,e totalmente diferente ,que vai surgindo .
Meu interesse havia aumentado no ano de 2007 , quando tive uma aluno surda e percebi ,dia-a-dia ,minha ignorância quanto ao seu processo de aprendizagem e sua forma de comunicação.
Agora , em processo de conhecimento e aprendizagem , vou percebendo que é um caminho muito longo esta inclusão , especificamente de alunos surdos , pois percebo a complexidade de sua cultura e de sua comunicação.
Aqui faço um "link" para o texto apresentado para discussão no fórum de filosofia: "O dilema do antropólogo francês" de Leonardo S. Porto,ao refletir sobre o que é interferir em uma cultura? Reflito sobre isto pois a maioria das pessoas não conhece e nem sabe da cultura dos surdos . E a partir disto , como pensar em inclusão deles em classes regulares se os professores e a comunidade escolar desconhecem estes fatos ? Será que poderia haver uma adaptação deles à nossa cultura sem que perdessem sua própria , ou isto seria "corrompê-la?" .
Ou então : Que conflitos gera a estes alunos surdos esta adapatação em sala de aula? Como suas famílias enfrentam esta vivência ? Há orientação e apoio a estas famílias? O professor tem domínio da LIBRAS para se comunicar com os pais , se estes forem surdos?
São muitos os questionamentos. Penso muito neles porque , a partir da vivência que tenho com meus professores do curso (tanto a Renata quanto o Luciano são surdos), e as conversas que temos , percebo a complexidade da inclusão de surdos em classe regular, assim como percebo também a dificuldade de uma política direcionada para esta inclusão.
Diferentemente das outras necessidades especiais , a surdez dificulta a comunicação e ela é um fator básico para as relações , sejam de alunos entre alunos , professores e alunos , pais e professores , pessoas para com pessoas...Esta é uma realidade que deve ser considerada ao pensar na inclusão dos surdos, assim como de que a comunidade escolar não está preparada para receber os surdos,pois não há um conhecimento mínimo sobre a língua com a qual se comunicam .
Gostaria de deixar uma sugestão de filme: SOM E FÚRIA. É um documentário muito interessante que apresenta a surdez do ponto de vista dos surdos .Entra no debate a questão do implante Coclear. A partir daí podemos pensar sobre como é a cultura deles , e como eles veem sua cultra e a interação com a cultura dos ouvintes. Vale a pena assistir.
Seguimos refletindo...
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Comments (6)
Simone Ramminger said
at 8:15 pm on Apr 7, 2009
Foi muito prazeroso ler o teu relato e ver o teu interesse pela educação dos surdos! Fiz uma disciplina de Libras na faculdade de Pedagogia, no ano passado, e foi muito produtiva. O professor também era surdo, ele contava até piada na aula, era muito engraçado porque eles usam muito a expressão facial para se comunicar. Acredito que esta deveria ser uma das disciplinas obrigatórias em todos os cursos de Pedagogia. Nesta mesma disciplina, assisti o documentário Som e fúria e também recomendo que todos assistam, é muito interessante para poder entender um pouco do mundo deles. Trazes vários questionamentos pertinentes no teu relato, que podem ser pensados e discutidos ao longo do semestre. Seguimos refletindo... Um abraço, Simone - Tutora sede EPNE
rosariamoraes@... said
at 7:32 pm on Apr 19, 2009
Olá Magali! Visitei teu BLOG e entrei no link do DOSSIÊ, esta muito interessante tua reflexão... Eu, ao contrário de ti, não tenho nenhuma experiência com alunos portadores de necessidades especiais, pois nas escolas que trabalhei até hoje a tendência é transferir estes alunos para outra escola que possua classe especial. Os teus questionamentos são pertinentes e provocam uma “sacudida”! Fiquei emocionada! Um abraço! Rosária Moraes
Magali said
at 7:58 pm on Apr 19, 2009
Obrigada Simone! Seguimos refletindo! Um abraço, Magali
Magali said
at 8:00 pm on Apr 19, 2009
Oi Rosária! Obrigada pela visita! És sempre bem vinda ! Um abraço, Magali
ROSANA GOMES DA COSTA PORTO said
at 9:22 pm on May 11, 2009
Olá Magali! também não tive nenhuma esperiência com alunos portadores de alguma deficiência, mas têm um alunos na minha escola. Comentei com esta colega que têm um aluno sobre o seu relato,em uma hora de estudos todos acharam muito interessante. Parabéns pelom teu trabalho! Um abraaçi Rosana
Magali said
at 9:27 pm on May 11, 2009
Obrigada Rosana!
Um abraço,
magali
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